O setor de papel e celulose do Brasil abrange a fabricação de pastas celulósicas, com base em diversos tipos de matérias-primas fibrosas e diferentes tipos de papéis. Cada segmento é caracterizando conforme sua finalidade, entre eles: papel para embalagem, para imprimir e escrever, para fins sanitários, cartão, especiais, papelão ondulado e artefatos de papel. Partindo da principal fonte de matéria-prima fibrosa, a madeira, a cadeia produtiva vai das bases florestais até produtos convertidos (envelopes, caixas de papelão, papéis, sacos multifolhados e papéis gráficos).
A indústria de papel e celulose está presente em 16 estados e nas cinco regiões do País, com a produção concentrada principalmente em São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Bahia e Pará. Nestas regiões localizam-se segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) as maiores empresas produtoras de celulose do Brasil: Aracruz (2,6 milhões de toneladas de capacidade instalada), Votorantin Celulose Papel – VCP (1 milhão de toneladas), Cenibra, Veracel, Suzano Bahia Sul e Jari. Com relação à produção de papel temos em destaque a Klabin (17%), Suzano (13%), VCP (13%), International Paper - IP (5%), Rigesa (4%), Orsa (3%), Inpacel (2%) e Trombini (2%).
Apesar da alta competitividade existente no mercado internacional de papel e celulose, o Brasil possui uma posição de destaque. As condições de solo, clima, disponibilidade florestal e desenvolvimento de tecnologias, proporcionam alta produtividade e sustentabilidade da produção proveniente exclusivamente de florestas plantadas de eucalipto e pinus, resultando em fortes vantagens sobre seus concorrentes em relação a custos e rentabilidade.
Atualmente, de acordo com a BRACELPA (Associação Brasileira de Celulose e Papel) o Brasil é o 7º maior produtor do mundo em celulose, sendo o primeiro na fibra curta. O País é também o 11º maior produtor de papel. Nos últimos anos consolidou a maior rentabilidade e o menor custo do mundo em celulose, transformando o País em um importante fornecedor no mercado internacional. Atraindo investimentos tanto de empresas locais como de multinacionais.
O desafio das empresas atualmente é aumentar as exportações de papel e celulose e elevar a rentabilidade do papel, transferindo para o produto o baixo custo da celulose.
De acordo com o BNDES, os investimentos no setor deverão crescer em média 17% ao ano entre 2007 e 2010. A maior parte irá para produção de celulose, a previsão é aumentar a produção dos atuais 6,8 milhões de toneladas anuais para 11 milhões. Em 2005 as vendas externas do produto renderam US$ 2 bilhões e devem chegar a US$ 2,45 bilhões em 2007. Com relação ao papel as exportações brasileiras em 2006 somaram US$ 1,4 bilhão, a previsão é ampliar a produção dos atuais 9,9 milhões de toneladas para 11,6 milhões.
A indústria de celulose e papel de acordo com dados da BRACELPA entre o período de janeiro a setembro de 2007 fechou com exportações totais de US$ 3,45 bilhões, resultando em um crescimento de 15,9 % comparado com os US$2,97 bilhões embarcados no mesmo período de 2006. Cenário favorecido pelo aumento na capacidade produtiva, crescimento na demanda do mercado internacional e reajustes nos preços dos produtos.
O papelão ondulado considerado a embalagem das embalagens, e por isso um dos termômetros da economia brasileira, parece seguir a mesma tendência de crescimento. De acordo com a ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado) este setor encerra o 3º trimestre de 2007 com vendas de 1.694,5 mil toneladas (um milhão, seiscentos e noventa e quatro mil e quinhentas toneladas) e crescimento de 4,7% em relação à igual período de 2006 (1.618,5 mil toneladas).
Com os investimentos anunciados para ampliar a capacidade produtiva, a tendência da indústria de Celulose e Papel é continuar crescendo em 2008 principalmente no mercado externo, representando uma excelente oportunidade para conquistar espaço e prestígio no competitivo mercado internacional.
Entre as diversas atividades de nossa empresa temos a de reunir, avaliar e atualizar um significativo conjunto de informações sobre diferentes segmentos de atividades da indústria brasileira. Exemplo dessa atuação é a primeira edição do diretório Brasileiro de Papel e Celulose, a ferramenta de referência mais ampla disponível a todos que procuram oportunidades de negócios no Brasil ou com o Brasil.
Esta edição contempla informações de contatos detalhados com os principais nomes da administração (quando disponível) e informação sobre produtos das maiores indústrias brasileiras de Celulose e Papel, com isso esperamos contribuir trazendo clareza e conhecimento sobre este fascinante mercado brasileiro.